sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Fim-de semana Carlos Paião!

Imagem: fotógrafo desconhecido...
Queima das Fitas Coimbra 1983, Carlos Paião com Fitados de Medicina;
Agradecimentos: Dra. Cristina Villares Oliveira (presente na Foto)

50 anos e um mês...Parabéns!

3 dias em memória do compositos, cantor...do poeta!


Hoje deixo-vos com «Cinderela».
Porque há coisas nas relações entre os Seres Humanos que nunca mudam...
Porque há idades em que os sentimentos e as palavras têm o peso de actos...
Porque é cada dia que se escreve a história...
Para todas as "cinderelas" que continuam a deslumbrar os seus príncepes...
Para todos os amores que continuam na idade da inocência!

Cinderela
Carlos Paiao
Composição: Carlos Paião

"Eles são duas crianças a viver esperanças, a saber sorrir.
Ela tem cabelos louros, ele tem tesouros para repartir.
Numa outra brincadeira passam mesmo à beira sempre sem falar.
Uns olhares envergonhados e são namorados sem ninguém pensar.

Foram juntos outro dia, como por magia, no autocarro, em pé.
Ele lá lhe disse, a medo: "O meu nome é Pedro e o teu qual é?"
Ela corou um pouquinho e respondeu baixinho: "Sou a Cinderela".
Quando a noite o envolveu ele adormeceu e sonhou com ela...

[Refrão]
Então,Bate, bate coração
Louco, louco de ilusão
A idade assim não tem valor.

Crescer,vai dar tempo p'ra aprender,
Vai dar jeito p'ra viver
O teu primeiro amor.

Cinderela das histórias a avivar memórias, a deixar mistério
Já o fez andar na lua, no meio da rua e a chover a sério.
Ela, quando lá o viu, encharcado e frio, quase o abraçou.
Com a cara assim molhada ninguém deu por nada, ele até chorou...

[Refrão]

E agora, nos recreios, dão os seus passeios, fazem muitos planos.
E dividem a merenda, tal como uma prenda que se dá nos anos.
E, num desses momentos, houve sentimentos a falar por si.
Ele pegou na mão dela: "Sabes Cinderela, eu gosto de ti..."


Até Amanhã!*

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Without place to...(Stay)

“O homem é mortal pelos seus terrores e imortal pelos seus desejos”
Pitágoras


Não te tenho visto, e sinto-me bem...
Não pensei que me foces fazer bem por me faltares! Acho que assim é porque a falta que me fazes pertence a um âmbito que agora expulsei de mim...que se foi, quando tu te foste...
Assim, se não há já em mim o lugar que ocupaste...não há a falta...nem o ficar vazio...

28 de Novembro
Avril Levigne - He Wasn't
http://http://www.youtube.com/watch?v=Lnff9rqFQqM&feature=related

On words...

“Nenhum espelho reflecte melhor a imagem do homem do que as suas palavras”
Juan Luís Vives


Miro-me…olho-me e revejo o que sou através do que digo…e vejo coisas que nunca vi e sinto coisas que nunca senti.
Sei-o e aposto: em alguma parte do mundo, em alguma época, alguém pensou assim e alguém escreveu isto assim! Não estou a ser original…mas aposto…e aposto palavras!
Aposto palavras porque, se ganhar a aposta, ganharei então mais daquilo que me falta! Do que me poderia levar aos outros com mais eficácia…
Se perder…bem, se perder, estarei simplesmente a dar de mim…a parte mais natural que trago comigo acerca do mundo…aquilo que no futuro permitirá que mais pessoas possam conhecer essa minha natureza!
Num sentido literário, diria que sou feita de papel…que a minha mente são imagens, a minha alma, palavras e a minha personalidade, melodia…No fundo, resumo-me a uma partitura que espera pelo instrumento…pelo artista que a saiba ler e tocar!

Natacha Bedingfeald - I Bruise Easily
http://http://www.youtube.com/watch?v=_h_bdIynqio&feature=related

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

O Hoje!

Na subtileza da espera transparente
Na Profundidade da esperança e do respeito...
Deixo-me estar,
partindo cada dia para mais uma viagem...
Saio de mim cada manhã,
e regresso a mim em cada anoitecer...
Para poder preservar a menina
Para aprender a alimentar a mulher!
Querendo a razão que me sustenta
Não abdico da loucura que me eleva!
Razoavelmente me estranho,
Loucamente me descubro,
No que invento, reconheço o que passou
No que não esqueço, descubro o que virá
Porque o ser não é o mesmo cada momento
Semente, árvore e fruto
Que no Mundo brotou!

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

More then words?...Songs!

Dia 16 de Novembro (sexta)

Há quem lhe chame sorte...

Há quem lhe chame sina...

eu chamo-lhe Vida...

Por não saber chamar-lhe Fado!



"Meu Fado Meu" - Mariza

http://www.youtube.com/watch?v=pHzaIK8fGVg&feature=related

"Cavaleiro Monge" - Mariza

http://www.youtube.com/watch?v=LTvjdkvDZHs&feature=related


Dia 17 de Novembro (sábado)

"Se eu não acreditar em mim, quem acreditará?"

"I belieave" - K's Choice

http://www.youtube.com/watch?v=lvs1Vbgc6pI&feature=related


Dia 18 de Novembro (Domingo)

"Cantar é rezar duas vezes!"

"Aconteceu" - Ana Moura

http://www.youtube.com/watch?v=WBF2YlfgDxQ


Dia 19 de Novembro (Domingo)

"«As aparências Iludem!»

Como sei desta realidade desde tão cedo, e me lembro dela sempre tão tarde!"

"In the and" - Linkin Park
http://www.youtube.com/watch?v=aZp2jAdBu1o

"Somewere i belong" - Linkin Park
http://www.youtube.com/watch?v=f7rktkq8LGI&feature=related


Dia 20 de Novembro (Terça)

"Se não há tempo para Pensar, também não há tempo para Sentir!"

"A Sós com a Noite" - Ana Moura
http://www.youtube.com/watch?v=w277Foklf1M


Dia 21 de Novembro (Quarta)

"A água do rio não passa duas vezes debaixo da mesma ponte!"

"Coming Clean" - Hillary Duf
http://www.youtube.com/watch?v=WPnCOySQkH4

"Chuva" - Mariza
http://www.youtube.com/watch?v=OpExb2hCYTs&feature=related

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Na Terra do Nunca


Um destes dias tive a sorte de assistir com uns amigos ao filme

“À procura da Terra do Nunca!”…

Sem me aperceber da grandiosidade de tal encenação, da profundeza de tal fantasia, fui dando por mim a entrar no cenário, nas sequências, nos diálogos, e mais do que isso…

Nas personagens!

Não porque são bons, não porque são atraentes…mas porque são tão «eu», como eu sou quando não penso sobre o que sou, porque são tão o «eu» que sonha, como o sou quando durmo, ou quando vivo o que sonho, ou o que sonho que vivo!

Descobri que afinal a história do “Peter Pan” não é inédita, nem banal, nem fugaz…

Descobri que há muitos meninos que não querem crescer,

Descobri porque não querem crescer…

Descobri que afinal não quero crescer!

Ou por outra, descobri que tenho que crescer, que o sei com certeza, e que até quero, mas não sei como o fazer…não sei como sê-lo de forma diferente daquela que vejo os outros serem, porque não quero ser os outros!

Essa é talvez a diferença entre ser criança e adulto: achar que se pode ser como se é, porque se é assim, e assim, ser feliz e estar-se bem consigo mesmo!

Ver que os outros são diferentes mas mesmo sem perceber, deixar-se existir simplesmente!

Ser adulto é ter de mudar…é ter de se adaptar…é ter de questionar…ter de responder…e tantas vezes, quando procuramos saber, acabamos por descobrir que não queríamos de facto conhecer as respostas!

Agora percebo o aperto que me dava na ponte Pedro e Inês…

Sei o que me dizia o murmúrio do rio que dormia por baixo dela…

Lá eu conheci o meu “Peter Pan”!

Lá, eu conheci a criança que não quer crescer!

Esse “Peter Pan” falou-me da “Terra do Nunca” e prometeu-me que um dia me levaria até esse recanto mágico, onde os seus sonhos são reais e crianças como nós podem ser os adultos que sempre sonharam!

De lá sempre partimos rumo a essa certeza e foi lá que tantas vezes julgámos encontrá-la!

Mas acabou por me deixar fora desse pequeno céu, onde ele reina e é feliz…

(ou quer convenecer-se que é...ou quer convencer os outros que é...)

Onde já existe uma princesa sonhada e feita à medida do pensado!

(Talvez nunca do vivido, mas isso que importa na terra dos sonhos?...)

Cá fora fui chamada ao mundo…os adultos receberam-me e adoptaram-me como sendo um deles!

Agora tenho um espaço e exerço algumas funções que me impedem de continuar criança e me afastam cada dia da abertura do túnel…

Longe da luz que julguei levar-me à felicidade, desbravo outros caminhos e descubro novas formas de existir e de me pensar!

Nessa escuridão “razoável” que existe no mundo “lógico” dos adultos, vou encontrando um ou outro ponto de luz, que mesmo pequeno não me deixa tropeçar…e me vai fazendo crer que um dia, no mundo que eu ajudar a criar…

Os meus bebés vão saber crescer e eu serei então um adulto Feliz!

http://www.youtube.com/watch?v=jGwEXueHvhI

Nota: este texto foi postado numa das pausas de luxo nesse mundo onde agora tento saber ser!

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Suspiro...


Na minha cabeça as palavras cruzam-se a um ritmo frenético!
Textos em prosa e verso confundem-se com diálogos do quotidiano e, sem que consiga filtrar o que digo, esboço enunciados mistos:
Expresso admiração e dúvida…atitude positiva e prática, em tom melancólico e depressivo…
Há semanas que procuro a oportunidade de despejar ordeiramente os objectos mentais que me apelam libertação!
Sinto-me cheia…pesada…tanta informação acumulada começa a provocar-me desequilíbrio e
torna-se cada vez mais urgente desmontar os raciocínios, “dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, por assim dizer:

fazer crónica acerca do que penso acerca de, escrever poema acerca do que sinto, comentário ao artigo xpto que li na revista y, etc…

Antes que me sinta então transbordar e comece a haver parte de mim a perder-se…

Pedaços de vida a desperdiçarem-se no chão do dia-a-dia, a evaporar na memória selectiva…
Enquanto não encontro ou provoco os momentos, utilizo este texto como um pequeno desabafo,
uma espécie de expiração mais profunda…um “contar até dez antes de falar” ou, neste caso,
antes de voltar a ouvir tudo o que a minha cabeça quer que eu sinta com os dedos, quer através
da caneta, quer através do teclado!

*2 anos e 3 meses!
Celin Dion - I'm A Live

Wall to Wall



Quando o dia acaba e me posso encontrar no silêncio com tempo para mim mesma pareço renascer!
Sentada na “nave flutuante da amizade” teclo sem rumo…navego pelas várias páginas da Internet e chego sem saber muito bem porquê ao youtube!
Lá já sei que vou procurar pelo que me preenche: música!
Ao meu lado um pequeno aventureiro dorme sem se importar com que lhe faço ao computador!
Em pouco tempo me esqueço de onde estou e de forma encadeada, passo de canção a canção…de melodia a melodia, de mensagem a mensagem!
O meu coração começa então a sentir que o entendem, que há quem sinta e pense de modo muito parecido a si!
Pesquisas rápidas tornam-se em viagens interiores em que não há ordem de regresso!
Deixo-me levar pela melodia e nos altos e baixos das vozes que me penetram, imagino-me lá e dou de caras contigo!
Sei que estás tão perto que se parar a música te vou ouvir tocar nas teclas do computador na divisão do lado…
Sei que se me encostar à parede quase sinto o calor da tua cama que, apesar das horas ainda não te tem!
Noutros voos poderias estar aqui enquanto vejo isto e eu aí, enquanto escreves isso…e a minha pesquisa seria uma partilha contigo e a tua busca, uma partilha comigo!
Eu mostrar-te-ia as músicas que conheço e tu as que descobriste!
Ia convencer-te de que sei cantá-las, tu, de que elas me podem fazer chorar!
Talvez acabássemos a cantá-las juntos…talvez um de nós, ou os dois, deixasse cair uma ou outra lágrima no ombro mais próximo!

Mas existe uma parede entre nós…

Agora estamos afastados e é melhor assim…
Agora perdi os teus passos e tu, não sabes de mim!
Agora não há palpites, nem confissões…
Restam-nos as canções que ainda contam histórias como as que vivemos ou sonhámos…
Perante esta parede que não sei escalar…sinto-me feliz por saber o que há do outro lado…por saber que vivi esse lugar!
Algo em mim se aconchega na memória quente do que se respira do lado de lá desta fronteira…
Aconteceu tudo tão depressa que não consigo entender ou explicar como viemos parar a esta situação…no fundo nenhum de nós tem coragem de falar sobre isso porque sabe que se pensar tem de agir acerca disso…
Nenhum de nós quer compreender, porque para compreender isto teria de compreender muitas outras coisas…coisas que para serem compreendidas obrigariam a um prolongamento do sofrimento, que nos causa não só o afastamento, como as razões para ter de existir distância…
…Seja ela de que natureza for!
Fizemos de nós mesmos museus de sonhos:…
Bem vedados e preservados, expomos os caminhos que nos trouxeram aqui e por onde pretendemos seguir!
Erguemos estátuas de um passado que queremos presente sob nuvens de futuros que não sabemos se chegarão!
Nas paredes mostramos quadros de memórias que eternizámos no lado esquerdo do peito, cravados a sangue e lágrimas para que ninguém consiga apagar!
Nas janelas colámos palavras desordenadas, das legendas dos quadros que ficaram por pintar!
Ao ler tudo o que acabei por escrever nem sei que pensar…mais uma volta por caminhos que não percorri…mais um retorno a uma imagem que esqueci…ou pensei ter esquecido!
Não sei se isto me faz bem…
Só o saberei depois de reler isto já no blog…é um risco, como poucos que ousamos correr!
Não sei se se poderá tornar ridículo, mas também…só o será para quem não entende, e quem não entende não é tanto quem não tem entendimento…mas sim, quem, tendo entendimento pela razão, não tem capacidade de a perder para, se sentindo louco, olhar a minha loucura e ver a minha lucidez!


Brian McFadden & Delta Goodream - Almost Here

Just Like a Rose


Assim és…assim vives…
Nasces…
Floresces…
Espalhas magia…
O teu perfume embala e aquece…
O teu toque é como as pétalas que acariciam…
Em manhãs de orvalho escoas a água pura e fresca do dia que nos desperta…
Em noites de romance és cálice da presença que envolve as duas almas…
Mas vives com a sombra dos espinhos…
Que te afastam dos que não ousam…
Que te fazem não ousar sentir, porque existem outras rosas…
Na eminência do peso que te dá a consciência dessa existência,
Deixas que a geada te queime o que tens de melhor…
Deixas que o Sol confuso de Outono te arranque as folhas com que abraçavas
Perdes a coragem de te fazer sentir…
Perdes a energia de te fazer querer…
Tornas-te cada vez mais na jarra e não no romance
Tornas-te nos espinhos mais do que na flor…
Esqueces-te de quem és,
De como deves viver,
Por isso…
Caminhas a passos largos,
Para o desabrochar…
Para o morrer!!!
Leann Rhimes - Some Say love

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Todos os Santos...


Sem brilho...
No Sol que envelhece os teus dias...
No frio que gela os teus sentimentos...
És o Presente do Homem parado que no Passado me disseste que não serias!
Estás cada vez mais preso ao Futuro que não chega,
A essa Ausência que Te Acompanha
e a essa Espera que Te Condena!