quarta-feira, 6 de junho de 2007

A TI, Coimbra

...Para a ESEC, Para a AEESEC...àqueles locais onde tudo acontece...

Aos Meus Amigos, que são o património Humano que levo desta Cidade e deste percurso!

Vêm de todos os lados
Perdidos e achados
em copos e guitarradas
Por ruas encantadas,
Com ou sem luar…

Não há uma só razão,
Não importa
quantas voltas o tempo dê…
de Ti já ninguém quer escapar!

Coimbra,
as lágrimas mais pesadas
e as gargalhadas mais sentidas
foste Tu que provocaste…

És a testemunha mais fiel,
o cenário mais puro
daquilo a que agora sei chamar Saudade!

Num recanto escondido,
Talvez na história que ninguém sabe contar
Deste-me a ESEC
Onde tudo o que julguei perdido
Acabei por encontrar!

Longe da academia instituída,
Sem louvor ou gloria,
Cresci onde a tradição é vivida
Por aqueles que não sabem ir embora!

À minha volta vi se erguerem
muros inabaláveis…
pessoas que são agora,
partes de mim inquebráveis!

O que fui até Te conhecer
E o que serei agora,
quando Te deixar…
Já ninguém vai distinguir,
Não há maneira de apagar!

Obrigada pelas recordações
Pelos momentos de luta
Por tantas diversões!

Porque me mostraste
que sei vencer,
Porque da perda
sempre me soubeste erguer!
Porque por mais voltas que dê
És um caminho por onde voltar!
Porque vá eu onde for,
sempre Te hei-de lembrar…

Minha casa estendida,
pelo Mondego tão amada,
Onde jorrei o meu pranto
nas noites de desencanto,
com a capa traçada!
Onde me apresentei a Ti
Onde o meu nabo tocou o coração
do Teu leito sagrado!
Onde me escondo e me acho
Debaixo de um traje encantado!

Quero desfilar em Ti
Para que todos possam saber
que nos Teus penedos
Não há quem escreva,
Tudo o que de Ti leva!
De fitas ao vento,
Onde as palavras
Farão documento…
Desta que é a hora da maior investida
Da que será,
De bengala e cartola
A pior despedida,

Também eu digo, até Sempre…
Coimbra,
Tu me pertences,
Contigo sempre estarei…
Pois em Ti deixo
e de Ti levo…
O que Faço, Sou e Sei!

(*)com muito orgulho e já alguma saudade...OBRIGADA!

terça-feira, 5 de junho de 2007

Deixa-me Dar-te Lume!

Dá-me Lume

Composição: Jorge Palma

"Chegaste com três vinténs
E o ar de quem não tem
Muito mais a perder
O vinho não era bom
A banda não tinha som
Mas tu fizeste a noite apetecer
Mandaste a minha solidão embora
Iluminaste o pavilhão da aurora
Com o teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar

Eu fiquei louco por ti
Logo rejuvenesci
Não podia falhar
Dispondo a meu favor
Da eloquência do amor
Ali mesmo á mão de semear
Mostrei-te a oigem do bem e do reverso
Provei-te que o que conta no universo
É esse passo inseguro e o paraíso no teu olhar

Dá-me lume, dá-me lume
Deixa o teu fogo envolver-se até a música acabar
Dá-me lume, não deixes o frio entrar
Faz os teus braços fechar-me as asas há tanto tempo a acenar

Eu tinha o espirito aberto
Ás vezes andei perto
Da essência do amor
Porém no meio dos colchões
No meio dos trambolhões
A situação era cada vez pior
Tu despertaste em mim um ser mais leve
E eu sei que essencialmente isso se deve
A esse passo inseguro e ao paraíso no teu olhar

Se eu fosse compositor
Compunha em teu louvor
Um hino triunfal
Se eu fosse critico de arte
Havia de declarar-te
Obra prima á escala mundial
Mas não passo de um homem vulgar
Que tem a sorte de saborear
Esse teu passo inseguro e o paraíso no teu olhar"

Quero acompanhar esse teu passo inseguro...ver para sempre o paraíso no Teu Olhar!

...cada segundo é demasiado na perda de TI!