Há um mês que defendi o meu relatório de estágio...apesar de todo o stress envolvido no processo, sinto que até estive bem e que consegui defender o meu último trabalho académico com alguma classe!
Desde então tenho vindo a adaptar-me à nova rotina e mentalizo-me, pouco a pouco, de que agora depndo de mim para um bom trabalho e uma boa carreira profissional.
A amostra do que será o futuro não tem sido doce e os desafios picam mais do que as cadeiras da escola em dias de verão!
Quero sair do meu lugar, quero encontrar as pessoas e os lugares, mas nesta área há muito mais para enfrentar e para gerir...
Surgiu-me então esta frase:
"MEDO...so o tenho de mim mesma...porque só eu posso duvidar das minhas capacidades o suficiente para desistir de alcançar os meus objectivos!"
Mª Inês Ramos.
Mª Inês Ramos.
Do outro lado do famoso hi5 surge-me então o feed-back de um "conhecido desconhecido", que tem vindo a tornar os meus raciocínios mais válidos, se é que que posso considerar assim.
"Acredita sempre em ti.
Nunca duvides das tuas capacidades, e quando concorerres a um emprego novo, e algum parvalhão te perguntar pela tua experiencia, não exites em responder-lhe assim:
...Já fiz cócegas ao meu irmão só para que deixasse de chorar, ja me queimei a brincar com uma vela, ja fiz um balão com a pastilha que se me colou na cara toda, ja falei com o espelho, ja fingi ser bruxo.
...Ja quis ser astronauta, violinista, mago, caçadora e trapezista; ja me escondi atras da cortina e deixei esquecidos os pés de fora.
...Ja roubei um beijo, confundi os sentimentos, tomei um caminho errado e ainda sigo caminhando pelo desconhecido. Ja raspei o fundo da panela onde se cozinhou o creme, ja me cortei ao descascar batatas muito apressada e chorei ao escutar determinada música no autocarro.
...Ja tentei esquecer algumas pessoas e descobri que são as mais difíceis de esquecer. Ja subi às escondidas até ao terraço para agarrar estrelas, ja subi a uma arvore para roubar fruta, ja caí por uma escada.
...Ja fiz juramentos eternos, escrevi no muro da escola e chorei sozinha na casa de banho por algo que me aconteceu; ja fugi de minha casa para sempre e voltei no instante seguinte.
...Ja corri para não deixar alguém a chorar, ja fiquei só no meio de mil pessoas sentindo a falta de uma única. Ja vi o pôr-do-sol mudar do rosado ao alaranjado, ja mergulhei na piscina e não quis sair mais, ja tomei whisky até sentir meus lábios dormentes, ja olhei a cidade de cima e nem mesmo assim encontrei o meu lugar.
...Ja senti medo da escuridão, ja tremi de nervos, ja quase morri de amor e renasci novamente para ver o sorriso de alguém especial, ja acordei no meio da noite e senti medo de me levantar.
...Ja apostei a correr descalça pela rua, gritei de felicidade, roubei rosas num enorme jardim, ja me apaixonei e pensei que era para sempre, mas era um 'para sempre' pela metade.
...Ja me deitei na relva até de madrugada e vi o sol substituir a lua; ja chorei por ver amigos partir e depois descobri que chegaram outros novos e que a vida é um ir e vir permanente.
Foram tantas as coisas que fiz, tantos os momentos fotografados pela lente da emoção e guardados nesse baú chamado coração...
Agora, um questionario pergunta-me, grita-me desde o papel:
- Qual é a sua experiência?
Essa pergunta fez eco no meu cérebro. 'Experiência.... 'Experiência... '
Será que cultivar sorrisos é experiência? Agora... agradar-me-ia perguntar a quem redigiu o questionario: ' - Experiência?! Quem a tem, se a cada momento tudo se renova???'
Nota: Obrigada Paulo Ferreira*
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