Deixo no chão marcas da minha passagem
Da passagem do meu corpo sobre o pó
Da presença imediata do peso que carrego
Da alma que flutua no corpo que deambula…
Esse chão que acolhe os passos
Passos de um caminho sem destino
De tantos destinos traçados
À espera de pés que os percorram…
Sem pensar afasto a areia que descansa
E marca o rasto do calçado que transporto
Por todo o lado
Me encontro
E me perco
Por entre rastos de alguém que já fui
Ou ainda quero ser!
Olho com a transparência da água que me embala
Para a silhueta da raiz que me alimenta!
No tornozelo que dança
Inquieto porque estou imóvel
ainda existe o cordão de uma memória que não partiu!
Com nostalgia pelos caminhos percorridos
E o os segredos selados
É amarra e trampolim
De uma alma que se lamenta
Que anseia pelo fim!
Os novos caminhos
Que agora se abrem
Mostram uma névoa luzidia
Poeira de um andar por inventar
E de um passo por existir!
Nota:...entretanto a pulseira já se foi...outras amarras me prendem agora a um futuro que já se tornou passado!
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